domingo, 15 de abril de 2018

João Lima - mobilidade a Ribeira - Galiza



Olá, o meu nome é João Lima e eu fui uma das seis pessoas da escola Nuno Gonçalves a
participar no projeto Erasmus+ na Galiza. Este projeto tinha como ideia recriar a viagem de Cosme III de Médici, um nobre de Florença do séc. XVII que a pedido de seu pai visitou vários países da Europa, tendo visitado Córdoba, Galiza e Portugal. Daí terem sido selecionadas para participarem neste projeto escolas dos países que ele visitou.

Nós estivemos na Galiza sete dias: fomos num domingo (4 de março) e voltamos no sábado seguinte. Fomos acolhidos por famílias de alunos do colégio onde era feito o intercâmbio. A minha família de acolhimento, constituída pela Kika (mãe) e pelo Adrian (filho), era muito simpática e querida. Fui tratado como se fosse da família e ensinaram-me uma receita típica muito boa, só que era da Catalunha: a “PANTOMACA”, que eles comiam ao pequeno-almoço(ver vídeo para aprender a receita).

Ao longo dos cinco dias fizemos coisas muito interessantes:
No primeiro dia mostraram-nos um instrumento musical muito engraçado chamado “sanfona”.
Nesse mesmo dia, cada país participante apresentou uma música típica do séc. XVII. Foi também nesse dia que a Kika me levou a mim e ao Adrian ao “faro de Corrubedo” (um farol) e a ver um dólmen.
No segundo dia, tivemos uma prova de doces galegos (o que deu para engordarmos mais
uns quilos!). No final do dia fomos visitar a lota de Riveira, uma das maiores da Europa.
No terceiro dia, fomos a Santiago de Compostela, onde visitámos a catedral e subimos aos
telhados, de onde se podia ver a cidade inteira. No caminho de volta para a carrinha vimos algo a que achei muita piada: um furão com um peitoral e trela a ser passeado. Já no fim desse dia fomos visitar a “Ciudad de la cultura de Galícia” um edifício que tenta recriar a ideia da montanha em que está assente.
No quarto dia, fomos visitar o Nature park “Complexo dunar de Corrubedo e lagoas de
Carregal e Vixán”. No parque natural vimos um castro já semi-destruído, pinturas rupestres e a pedra da rã um conjunto de pedras lá postas pelos nossos antepassados que parecem uma rã. Nesse dia: o dia da mulher, fui a uma manifestação com a Kika e o Adrian em frente à câmara municipal. Estava lá tanta gente que quase nos perdemos, era INCRÍVEL!!!
No quinto dia, e o meu preferido, fomos a umas termas de água quente, a seguir fomos
almoçar a um centro comercial e lá para a tarde fomos ver a catedral de Ourense.
Uma das minhas coisas preferidas da Galiza foi o saco de arroz: um saco de ganga cheio de grãos de arroz, que se levava ao micro-ondas e depois era só pôr debaixo dos lençóis para aquecer a cama.

Os dias passaram a correr e quando dei por mim já me estava a ir embora, o que me deixou completamente desanimado. Mas foram dias tão bem passados que nunca os esquecerei. Antes de me vir embora da Galiza a Kika e a tia do Adrian deram-me vários presentes: a Kika deu-me conservas e azeitonas e mexilhões e a tia do Adrian deu-me atum em conserva e dois lápis e uma caneta. Um dos lápis e a caneta tinham uma pauta de música e o outro lápis tinha na ponta uma clave de sol.
Infelizmente partiu-se por obra de um colega.

O único problema deste relatório é que me fez ficar com vontade de comer uma
“PANTOMACA”




 João Lima

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